sábado, 11 de dezembro de 2010

Feche os olhos...
Esse será  o primeiro passo para navegar nas ilusões da escuridão.
Viaje pelas cavernas mais escuras, tente ao menos desvendar a simplicidade do frio e a freqüência do eco.
Feche os olhos e concentre na alquimia das cores e a força reluzente da luz na escuridão.
Procure respostas com o tato e com o mecanismo.
Você é capaz de enxergar a realidade com os olhos fechados?
Diga que sim, diga que você tem capacidade o suficiente para enxergar a realidade. Também diga para as pessoas que cego não é aquele que distingue as  coisas visualmente, diga que cego é aquele que tudo enxerga mas que não abre os olhos da alma e contemple que é capaz de ver o quão desumano é aquele que idolatra as obras do cinismo e não as naturais.
Por fim pergunte a si mesmo se és capaz de ver as suas costas por completo, assim como vê, analisa e critica a do próximo
Pergunte ao seu coração se és tão claro quanto o raiar do dia..
Pergunte ao morcego: Qual casa é mais escura? A casa onde me deleito ou a caverna onde há imperfeições?


Meu riso nas manhãs de frio.
A paz que não existe nesse mundo mas existe em nós, no nosso mundo.
Eu e você como Adão e Eva no paraíso da simplicidade, sem pecado algum.
A mais perfeita intervenção, tudo o que há de exuberante em nós é comum para Deus.
Porque somos como a semente e a terra, como a terra e água.
Porque nos entendemos mesmo quando erramos.
Porque você me aquece nos arrepios mais tementes.
Uma saliência nos olhares dispersos, me tranqüiliza de dia e de noite.
Você é minha fantasia nos bailes solenes.

             Lágrimas

Lubrificante de nossos olhos
Desinfetante da alma
O impulso do sofrimento
A mágoa se desmontando

A água que lava a dor
Que martiriza os sentimentos
O transparente que afaga o sorriso
E sustenta nossos erros e acertos

A vida em si
A fonte em mim
Em ti
Água salgada

A água que abre caminho
Escorre pela face
Transborda os lençóis de palmas
Líquido que consome tecidos

Uma vez rio
Sempre mar
Numa fonte
Várias nascentes

As lágrimas são o leite da’lma.




sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Me fale, que eu te ouvirei

Me diga em palavras, o que seus olhos dizem num só olhar.
Fale pra mim do belo que você admira e do horrível que você se assusta.
Diga quais são as pretenções de seu silêncio. Mate o seu silêncio. E me conte as coisas que te abalam.
Não se cale nas horas em que é preciso desabafar, nem que seja pra gritar, comunique comigo.
E mesmo sabendo que você tem uma só boca assim como eu, para falar quando nos sentimos a vontade, tanto eu quanto você temos dois ouvidos sempre abertos, para ouvir.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Melhor abaixar a cabeça e pensar, que ergue-la e falar o que não deve.

As vezes ainda que falamos coisas sem nexo, palavras erradas na hora errada. Quando possivelmente não me pejudica consequentemente prejudica psicologicamente quem está ao meu lado. Não é bom.
Uma palavra lançada vale por uma vida vivida, ou algo que não se pode voltar atrás. E mesmo que não percebemos no momento exato há sempre pessoas a nos observar, criticar e no chamar de estupidas.
Vale pensar no que se diz, e conservar tudo que tende a ser privado a nós mesmo.