sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

E eu sofro calada, quando meus olhos vêem o previsível.
Engulo seco a saliva que eu preferia que nem existisse em minha boca.

Eu vivo o que não aprendo

Por que viver sem amadurecer?
Por que não morrer sem nunca ter nascido?
Por que amar sem nunca ter sido amado?
Por que repousar, para se levantar?

Eu vivi dias e anos sem amadurecer.
Eu matei em mim o ódio que por engano nunca existiu em mim.
Eu amei o invisível que nunca teve a capacidade de amar os cegos
Eu levantei meus olhos para o alto que até então ainda não repousaram.

Procurei estudar porque amadurecemos se não somos verdes
Procuro entender porque a morte é contra a vida
Tento desvendar porque um dia gostei do invisível
E saber porque minhas pálpebras repousam e meus olhos não.

Francamente, eu irei amadurecer se um dia aprender tudo isso
Irei morrer satisfeita por ter nascido e conhecido este mundo de incertezas
Amarei todos aqueles que um dia tentaram me entender
E por fim levantarei só pra agradecer por minha mente ter repousado eternamente

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A carta

Tava dito no espaço, dentre um abraço e um beijo.
Vou fazer pra você, escrever pra você...
Sete dias basta de espera, um dia a mais, talvez (esperei uma semana, porque não esperar mais um dia?)
Sim eu esperei mais um dia.
E no dia seguinte?
Um suspense acompanhado de um remorso ao lado duma tristeza.
Um pombo trará? Um carteiro deixará na porta de casa ou irei recebê-la de suas mãos?
Depois do suspense...hum até que eenfim! Finalmente é ela. Eu sei que é ela mas ela não sabe que sou eu.
E agora? Alguém me entregou nas minhas mãos, duas folhas perfeitamnte dobradas. Não sabia como abri-la, até fiquei com medo de rasgá-la.
Cuidadosamente devolvi a mesma para as mesma mãos que me escrevera. Então abriu aquela carta, quando começou a soar uma voz doce, suave ao mesmo tempo profunda. Lera pra mim tudo o que nela havia escrito.
Na minha carta não havia "Te amo", mas fala de amor e de como amar.
Também não havia agradecimentos pela amizade, do contrário havia dicas de como regar uma amizade.
Tudo bem, na carta não havia nenhum "Te quero" ou coisa do tipo, simplesmente me ensinava a querer mais e mais a realizar meus sonhos.
Era escrita por palavras humildes, simples e dignas.
Era duas folhas, mas duas no qual me ensina a todo tempo em que as leio de que duas folhas numa só voz, trazia a essência e  a importância das coisas da vida.

E mesmo que um dia ela molhe, eu pretendo seca-la.
Assim sendo quando ela rasgar eu um dia irei emenda-la.
E se um dia por crueldade do destino eu me perde dela, até lá eu pretendo tê-la na minha mentee guarda-la por todo o sempre...pelo resto da minha vida.

Dúvidas

Oh dúvidas! Meras dúvidas, que me deixam confusa, que destorce meus pensametos e peleza pele certeza.
E me sopra, me arrepeia...me deixa assim, confusa e sem destino. Ainda que revira meus pensamentos vasculhando a mínima inteligência que tenho, bagunça tudo, tudinho. De dia me deixa segura e a noite insegura, pede pra que eu tenha paciência. Mas não. Eu não consigo.
  É como o vento sem destino, como água sem rumo e estável como as sombras. Me devora e me assusta. Chega de surpresa como quem não quer nada, já era. Sempre passa a vez para as alternativas, piorando cada vez mais a situação. Eu simplesmente doude ombros, abano os neurônios e elevo os dedos dentre oss cabelos.
 E agora? O que fazer?
 Ah! Eu quero mesmo é ter opções...mas das opções eu quero uma só certeza
Acho que ser humano...é tão precário, que de nada resta nesse mundo ter momentos felizes.
E invejam e são contras  a terna felicidade.
Será que é proibido comtemplar a noite e sentir os ventos uivantes?
Ou será que não se pode ver passagem da noite de olhos abertos?
Acho que não é nadda disso.
Isso não passa de uma promoção instantânea, de viagens na curta idade que se tem.


Deixe me aventurar nas meias noites..e soprar as cláusulas dessa vida assim como o vento sopra a madrugada.